"Peço perdão aos torcedores do Real Madrid", disseram Jorge Valdano, diretor, Raúl, atacante, e Manuel Pellegrini, técnico, todos do Real Madrid, time que mais investiu no planeta para esta temporada (mais de 400 milhões só em contratações).
A goleada por 4 a 0 sofrida para o Alcorcón, time da terceira divisão, pela Copa do Rei, foi vista por boa parte da imprensa espanhola como o maior vexame da história do clube presidido por Florentino Pérez, dirigente que ganhou fama por montar equipes "galácticas".
"A história do Real Madrid está acima de uma partida. Não se pode exagerar e criar convulsões", falou Pérez, embora tenha admitido que a derrota de terça-feira foi humilhante.
O diário "Marca", por exemplo, "pediu" a saída do técnico Manuel Pellegrini do comando do time, que usou grande parte de seu poderio contra o Alcorcón. Apenas as maiores estrelas do clube, Cristiano Ronaldo (contundido) e Kaká, foram desfalques para o jogo.
"Estou aqui para que o clube dê a cara. Ninguém irá se esconder. O treinador não fez isso e ninguém fará", falou Valdano, incumbido por Pérez de decidir o futuro de Pellegrini.
"Ninguém podia prever o que aconteceu ontem [terça-feira]. É preciso dar tempo para a equipe, que é nova. É certo que, com tranquilidade, os bons resultados chegarão", falou Pérez, que diz cuidar mais da parte "empresarial" do time.
Pérez lembrou que, na primeira era galáctica do clube, o Real foi eliminado da Copa do Rei pelo Toledo, então na segunda divisão, mas que depois ganhou o Espanhol. Agora, além de ver o Barcelona na ponta da liga espanhola, o Real perdeu em casa na Copa dos Campeões, de virada, para o Milan, de quem comprou Kaká.
Di Stéfano, lenda do time espanhol, foi consultado sobre o vexame: "Não tenho explicação. Quando você é o melhor, tem que demonstrar no campo. Se não demonstra, não é o melhor. Esperemos que esta temporada não seja um fiasco".
Raúl, capitão do time, falou que os torcedores "não merecem isso na história do clube". "É uma vergonha", resumiu Pellegrini, que, a princípio, estará no jogo da volta, em Madri.
Fonte: Folha de S.Paulo
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