domingo, 6 de dezembro de 2009

Internacional lamenta estratégia usada e já desgastada

O Internacional chega à última rodada do Brasileiro vivo e vice-líder, mas nas mãos de seu maior rival. Porém, não fosse pela atitude que agora critica ao ver o Grêmio adotá-la, o lado vermelho do Rio Grande do Sul talvez não estivesse nessa situação de dependência e até mesmo já poderia ser campeão. Se os gremistas terminam com a cabeça sem preocupações com a tabela do Nacional, foi dessa forma que o Inter começou o torneio. E isso lhe custou sete preciosos pontos, que agora fazem uma grande falta.

Nas primeiras rodadas da competição, a equipe colorada se concentrou em tentar ganhar a Copa do Brasil. Para isso, entrou com times mistos em seus oito primeiros jogos. O custo disso foram três confrontos em que não conseguiu vencer: Cruzeiro, Vitória e Flamengo, sendo os dois últimos com resultados particularmente fora dos padrões.

O empate com o time mineiro, fora de casa, na quinta rodada, pode ser considerado um resultado comum, a despeito de o Inter ter atuado com seis jogadores reservas. Já o 0 a 0 diante do Vitória, em pleno Beira-Rio, e a goleada imposta pelo agora adversário direto Flamengo (4 a 0), no Maracanã, pesam neste momento.

Diante dos baianos, a equipe então comandada pelo técnico Tite abriu mão de dez titulares. Contra o atual líder do Brasileiro --que à época não vivia boa fase--, foram oito os poupados para a Copa do Brasil. Se tivesse conseguido cumprir o mandamento básico da disputa de pontos corridos (vitória em casa, sobretudo contra times considerados mais fracos, e empate fora) o Inter teria neste momento da competição 67 pontos, em vez dos 62 atuais, e estaria a um empate com o Santo André, hoje, no Beira-Rio, de quebrar um jejum de 30 anos sem vencer o Nacional e justo no ano do centenário.

No entanto, o time agora precisa vencer o clube paulista e torcer para que o arquirrival Grêmio, sem pretensões, estrague a festa do Flamengo (64 pontos) em pleno Maracanã. Egresso da equipe que venceu o Brasileiro com uma campanha invicta em 1979, Mário Sérgio reconhece a dificuldade de ser campeão hoje e busca exaltar a conquista da vaga na Libertadores.

"Marquei a história do Inter como jogador e estou marcando como técnico porque deixo o Internacional numa Libertadores que pouca gente acreditava que era possível", diz. Para o técnico, os seus primeiros dias no clube foram outro período crucial para que o Inter não chegasse à rodada derradeira como o maior favorito. "Foram nesses 15 dias que deixamos de ganhar o campeonato."

Fonte: Graciliano Rocha/Agência Folha em Porto Alegre e Paulo Galdieri/Folha de S.Paulo

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