Na tarde deste sábado, Vagner Love vestirá pela primeira vez a camisa do Flamengo. Mas até chegar à realização do sonho, o jogador passou por uma das mais complexas novelas do futebol brasileiro. O advogado do atacante desde 2005, Diogo Souza, revela que até no dia da apresentação oficial no novo clube houve uma tentativa desesperada de demovê-lo da ideia de jogar no Rubro-Negro.
Diogo Souza, Marcos Braz, Vagner Love, Patrícia Amorim e Evandro Ferreira na chegada do jogador ao Flamengo. - Primeiro, o Hamburgo ofereceu R$ 7 milhões por seis meses para o Vagner e ainda pagariam R$ 1,2 milhão ao CSKA pelo empréstimo. Depois, no último dia, os alemães ligaram novamente e fizeram uma oferta em branco. Mas mantivemos a palavra e fechamos com o Flamengo – contou.
O choro na primeira entrevista coletiva do artilheiro tinha motivo. Desde que começou a jogar, no futsal do Bangu, o menino magrinho e sem as tranças deixou claro: um dia seria do Flamengo. Por pouco a transferência não aconteceu em 2008. Mas depois de uma semana hospedado em Moscou, o representante do Flamengo voltou ao Rio sem sequer ser recepcionado pelo presidente do CSKA.
“Culpa” do prestígio de que o jogador desfruta. O clube já recusou ofertas superiores a R$ 40 milhões de Everton e Stuttgart. Para ficar um ano no Brasil, teve de prorrogar o contrato na Rússia por duas temporadas. No Palmeiras, Love sofreu com o declínio da equipe no segundo turno do Brasileiro e foi agredido por torcedores. Houve até ameaças de sequestro ao seu filho. Por isso, procurou o empresário Evandro Ferreira e pediu para deixar São Paulo.
A negociação não foi simples. O jogador abriu mão de metade das luvas e do direito de imagem a que tinha direito. - O Vagner se dá muito bem com o elenco do Palmeiras e com o Muricy. Mas ele passou a andar com dois seguranças e isso não estava legal. A negociação foi difícil. A vontade dele foi tão grande que abriu mão de muitas coisas – explicou Diogo Souza.
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